sábado, 16 de abril de 2016

OS DOIS RATINHOS

Aventura dos ratinhos Roy e Ray
O ratinho Roy vivia numa toca num dos cantos de uma rica vivenda no centro da cidade das acácias.
Engordava de dia para dia pela boa comida que roubava na despensa. Roía o queijo, bolachas, amendoim e tudo mais que lhe apetecesse.
Vivia com muita fartura, o que fazia dele um personagem muito especial.
Sempre que o roedor surripiava mantimentos, deixava cair migalhas no chão, o que servia de chamariz de formigas e de baratas.
Mimi, a dona da mansão já não sabia o que fazer para acabar com os bichinhos que assaltavam a sua casa. Várias vezes pulverizava com inseticidas, porém quando acreditava que já exterminara os nojentos insectos, para seu espanto, lá via baratas e formigas jornadeando pela casa.
Roy o inescrupuloso morador da mansão, sempre se esquivando das caçadas dos seus banqueteadores, vivia uma vida muito regalada.
Era Verão, num fim de manhã em que o sol estava abrasador, Roy decidiu dar um passeio para se refrescar e, atraído pela brisa refrescante, sem se aperceber, foi caminhando até ultrapassar o limite do terreno à volta da mansão.
Sempre andando, esquivando-se dos carros, motorizadas, bicicletas e pessoas, sorrateiramente, atravessou a zona dos prédios e sem se dar conta de que estava a sair da cidade, para espanto seu achou-se no meio de um enorme matagal com capim alto e muita vegetação, o que o deixou muito assustado, pois antes nunca tinha estado no mato. A sua vida tinha sido toda na cidade.
Caminhava lentamente contemplando e deliciando-se daquele ambiente estranho mas que a sua frescura o enchia de prazer quando a dado momento a sua frente vê um ser da sua espécie.
 Era um ratinho semelhante a si, mas muito maltratado. Muito magro, pele um pouco enriçada com um ar muito triste espelhando dificuldade de vida que enfrentava. Cruzaram-se os olhares e ambos ficaram bastante curiosos e maravilhados.
A curiosidade cantou mais alto e aproximaram-se um do outro.
Desculpa amigo, és tão parecido comigo! Quem és?
Sou um rato e chamo-me Roy.
Prazer em conhecer-te Roy, eu chamo-me Ray e vivo ali mais adiante numa bela toca e tu onde vives?
Eu não vivo numa toca. Vivo numa bela mansão onde não me faltam queijo e pão. Queres vir comigo para conheceres, amigo? 
Quero sim amigo, eu nunca saí desta mata. Conversaram bastante passeando pelo campo e apresentou-lhe as maravilhas e a tranquilidade em que vivia.
Levou-o a conhecer os animais com que convivia, ratazanas, coelhos, macacos, borboletas e muitos outros.
Encantado, por sua vez Roy convidou Ray para conhecer a sua casa, o que ele aceitou de imediato. Caia já o crepúsculo, com muita propriedade atravessaram matagal entrando na cidade já iluminada. Foi um verdadeiro martírio. Tinham que se esquivar de carros e pessoas que circulavam em todas as direcções.
Ray ficou maravilhado. Apesar da dificuldade de circulação, nunca antes imaginara tamanha beleza. Os reclames luminosos e todo o colorido da cidade eram o máximo para si. Tinha vivido sempre no mato e nunca imaginara tamanha beleza e sorrateiramente entraram na mansão
Os donos da casa dormiam e Roy muito confiante, levou a amiga a visitar a despensa onde se deleitaram roendo tudo o que lhes apeteceu até não poderem mais.
Todos os dias, os dois amigos visitavam a despensa onde comiam e depois levavam o que pudessem.
Ray andava eufórica não pensava sequer retornar a mata. Havia até perdido o medo inicial de visitar a despensa . Circulava na casa sozinho e apoderava-se do que quisesse.
Certa noite, convencidos de que os donos da casa dormiam, o Roy tomando a dianteira entrou na cozinha, desta vez atraído pelo bom cheiro de uma carne assada. Atirou a tampa da panela para o chão e meteu a cabeça para o seu interior sem se dar conta da presença do esposo da Mimi, o Vitendo.
Com mestria, o Vitendo pegou num pau de vassoura e com muita força bateu no ratinho Roy que de imediato caiu estatelado.

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